Os transplantes devem continuar apesar da Gripe A

22 de outubro de 2009

Os transplantes devem continuar sendo prioritários, apesar da Gripe A, e tantos os pacientes transplantados como os que esperam um órgão devem vacinar-se contra o novo vírus, afirmou o coordenador da Organização Nacional de Transplantes de Espanha, Rafael Matesanz.

Estas são algumas das conclusões que se encontram num relatório realizado pelo Ministério da Saúde espanhol, após notícias alarmantes chegadas de alguns países do Hemisfério Sul, onde o número de transplantes teria caído entre 20 e 30% nos meses de maior contágio.

A principal razão para esta descida, especialmente na Austrália, Argentina, Chile e Uruguai, seria o facto de as unidades de cuidados intensivos estarem saturadas de doentes com Gripe A, o que interferiria com a possibilidade de existirem dadores.

Com a experiência dos países do hemisfério sul e alguns trabalhos publicados no Reino Unido, a ONT pôde concluir que não há em todo o mundo nenhum caso de transmissão da gripe A de dador para receptor.

"Apenas no caso do dador ter falecido em consequência da Gripe A é que não se poderiam transplantar os seus órgãos", assegurou Matensaz. Contudo, se uma pessoa morre, por exemplo, num acidente de automóvel, e se detecta na autópsia que teria gripe A, podem-se transplantar todos os seus órgãos, com excepção dos pulmões e intestino.

"Não ocorre a ninguém parar uma possível doação porque o dador teve a gripe sazonal", reflectiu Matesanz, que sublinhou que os transplantes não se devem atrasar como aconteceu no hemisfério sul. "Se se perde uma doação perde-se a oportunidade de salvar 3 ou 4 vidas", acrescentou.

Além disso, os pacientes em lista de espera e que tenham gripe A, poderão realizar o transplante se já tiverem passado 10 dias desde o início dos sintomas, refere o relatório da ONT.

Neste documento assegura-se que existem nas unidades de cuidados intensivos medidas suficientes de isolamento, pelo que a presença de doentes com Gripe A não supõe um risco de transmissão nem aos dadores nem aos pacientes transplantados.

Fonte:
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5jlNfLMQgp2WAPg-l6g-eL7T4s3-w

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