Peritos defendem mais transplantes com coração parado

19 de março de 2009

A redução de dadores de órgãos provocada pela menor sinistralidade rodoviária em Espanha deve ser compensada com um aumento dos dadores em assistolia (com coração parado) e com as doações em vida. Esta é a tese que defende o presidente da Sociedad Madrileña de Trasplantes, José Maria Morales, bem como Fernando Anaya, nefrologista do Hospital Gregorio Marañon.

No que se refere aos dadores em assistolia ou com coração parado, Morales explicou que apresentam a vantagem de que sendo normalmente pessoas jovens, significa que são órgãos que estão a funcionar com o o seu máximo potencial. Contudo, a complicação reside no facto de que é necessária a coordenação entre vários serviços e aumenta o tempo de isquémia - o tempo que o órgão passa sem irrigação sanguínea -, o que eleva o risco de necrose tubular aguda e se perca o órgão.

No que respeita à doação em vida, Anaya deixou claro que, no caso do rim, é a melhor opção que pode oferecer-se a um paciente em diálise, pelo que há que tentar fomentá-la. Além disso, assinalou que "há que educar a população" para que entenda que o transplante de rim vivo deve fazer-se antes de que o paciente entre em diálise, já que melhora os resultados da intervenção. Contudo, reconheceu a dificuldade em conseguir este objectivo, já que "o transplante de rim muda a qualidade de vida, no entanto não salva a vida", e os pacientes em hemodiálise têm sempre a esperança de receber um órgão de cadáver.

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http://www.publico.es/ciencias/173237/trasplantes/rinon/hemodialisis/asistolia

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