A vitamina D tem um papel chave na saúde

22 de outubro de 2008

Essencial para a vida, a vitamina D, relacionada até agora de forma positiva apenas com a prevenção de doenças ósseas como a osteoporose, mas que actualmente se reconhece como um factor chave que contribui para a saúde humana global, segundo assegura Anthony Norman, professor de bioquímica da Universidade da Califórnia/Riverside, e um dos maiores peritos internacionais em vitamina D.

No estudo publicado no último número da revista American Journal of Clinical Nutrition, Norman identifica o potencial da vitamina D pelo seu contributo para o bem estar geral em aspectos como o sistema imunitário, a secreção e regulação de insulina pelo pâncreas, o coração e a regulação da pressão sanguínea, a força muscular e a actividade cerebral. Além disso, pensa-se que a ingestão de quantidades adequadas desta vitamina é benéfica para a redução do risco de cancro.

Norman também enumera até 36 tecidos de órgãos vitais do corpo humano cujas células respondem biologicamente à vitamina D. Esta lista inclui a medula óssea, as mamas, o cólon, o intestino, os rins, o pulmão, a próstata, a retina, a pele, o estômago e o útero.

De acordo com o professor Norman, a deficiência de vitamina D poderia ter impacto num total de 36 órgãos. Especificamente associa-se com uma redução da força muscular, alto risco de cataratas e risco aumentado de cancro colorectal, da próstata ou mama.

"Constatou-se que um défice de vitamina D está fortemente influenciado por diversas doenças", declarou Norman, um professor distinguido no campo da bioquímica e das ciências biomédicas que tem trabalhado no estudo desta vitamina durante 45 anos. " A sua esfera de influência biológica é muito maior do que aquela que pensávamos.

As recomendações de ingestão de vitamina D devem ser cuidadosamente reavaliadas para determinar qual a quantidade adequada, incluindo tanto a exposição ao sol como a sua ingestão na dieta, para conseguir a maior eficácia do seu contributo para a saúde geral do organismo.

Apanhar sol e comer sardinhas e anchovas

A vitamina D sintetiza-se no corpo mediante uma série de passos. Em primeiro lugar, os raios solares activam um composto percursor na pele. Quando a pele é exposta ao sol, um esterol presente no tecido epidérmico converte-se em vitamina D, que acaba metabolizada no rim e no fígado em forma de hormona. Assim o descobriu Norman e a sua equipa em 1967.

Relativamente aos alimentos, os que aportam maior quantidade de vitamina D são as sardinhas e as anchovas, o atum fresco ou congelado, os queijos gordos e a margarina.

A ingestão diária recomendada de vitamina D está fixada em 200 unidades internacionais (UI) para pessoas até os 50 anos, e sobe para os 400 UI até aos 70 anos, e passa a 600 acima desta idade. Contudo Norman recomenda que estas doses subam a 2.000 unidades para todos os adultos.

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