Próteses podem substituir funções de alguns órgãos
2 de janeiro de 2008
O IMPLANTE DE CÓCLEA (parte interna do ouvido responsável pela audição) foi desenvolvido nos anos 70. Trata-se de uma pequena prótese colocada debaixo da pele, atrás da orelha, que envia estímulos aos nervos da cóclea. O som é captado por um microfone anexado atrás da orelha, processado por um dispositivo localizado nas proximidades e enviado ao cérebro por eléctrodos. Os seus inventores trabalham agora para aperfeiçoar o implante, incluindo a obtenção de uma aproximação entre os eléctrodos e a parte da cóclea que precisa ser estimulada. Eles também querem encontrar uma forma de medir a actividade do nervo da audição nas proximidades de cada eléctrodo, para que o dispositivo possa ser mais preciso.
FÍGADO - Cientistas trabalham em dois tipos de fígado artificial: um dispositivo externo, semelhante a uma máquina de diálise do rim; e um "novo" fígado desenvolvido a partir de células estaminais. Nos Estados Unidos, pesquisadores utilizam células dos fígados de porcos para desintoxicar o sangue humano. Esse método pode ser usado para manter pacientes vivos enquanto aguardam o transplante. No ano passado, no Reino Unido, cientistas da Universidade de Newcastle montaram secções para estudar o desenvolvimento de fígados a partir das células estaminais do cordão umbilical.
ESTÔMAGO - Ainda não existe um estômago artificial para humanos, contudo os cientistas do Institute for Food Research, na Noruega, já fizeram o primeiro protótipo, utilizado para pesquisas. O dispositivo consiste numa câmara, imitando o órgão humano, que liberta ácido digestivo e enzimas. Para estudos, os cientistas "alimentam" o estômago com comida e observam como o conteúdo é digerido e absorvido. A ideia é entender melhor o processo, que pode auxiliar no planeamento de comidas e dietas.
RINS - O rim é o órgão responsável pela diálise - remoção de toxinas do sangue. Quando falha, o sangue deve ser drenado do corpo para passar por uma máquina de diálise. Os cientistas trabalham para fazer um dispositivo compacto o suficiente para ser implantado no corpo. Pesquisadores da Universidade de Michigan trabalham em novos sistemas de filtro, ao controlar precisamente o tamanho e o formato dos poros e membranas pelas quais o sangue é filtrado.
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PELE - A pele artificial é usada para reparar casos de lesões sérias, como queimaduras de alto grau, em que não resta pele suficiente para se realizar enxertos. A pele artificial consiste numa camada flexível de silicone e uma camada interna feita de colagéneo e cartilagem de tubarão - essa combinação dificilmente é rejeitada pelo organismo humano. Actualmente, pesquisadores trabalham para incluir factores de crescimento nas peles artificiais para facilitar a cura do órgão.
CÉREBRO - Na Universidade do Sudeste da Califórnia (EUA), a equipa do professor Theodore Berger mostrou que é possível que um chip de silicone "converse" com um cérebro de mamífero. É provável que este meio artificial possa substituir áreas danificadas por meio do implante de um microprocessador que possa receber e processar os pulsos nervosos. Desse modo, o dispositivo poderia "reparar" os cérebros das pessoas que têm Alzheimer ou outros danos.
OLHOS - Nos Estados Unidos, o Projecto de Retina Artificial visa desenvolver um "olho biónico" - miniatura de uma câmara com um chip de computador e um pequeno implante atrás da orelha conectado a um arranjo de eléctrodos anexados às células da retina. A imagem é capturada pela câmara, a informação é convertida em sinais electrónicos que passam para eléctrodos na retina, de onde viajam via nervo óptico para o cérebro. O protótipo actual tem 16 eléctrodos e está em fase de testes.
SANGUE - Há décadas que os cientistas tentam fazer um composto que substitua o sangue. Duas maneiras que se aproximam da desejada: uma é usar a molécula transportadora de oxigénio, hemoglobina, encontrada nas células de sangue vermelhas; a outra seria usar um composto químico que transporta oxigénio, como o perfluorocarbono. Hemoglobinas puras são difíceis de usar porque elas causam complicações nos rins, a menos que sejam encapsuladas. Pesquisadores da Universidade de Sheffield dão prioridade nos estudos para a porção de hemoglobina que carrega o oxigénio, chamada de porfirina.
PULMÃO - O "pulmão artificial" foi desenvolvido há cinco anos e consiste num maço de fibras poliméricas finas e ocas. O sangue do paciente é desviado para fora do corpo, correndo pelas fibras, que absorvem oxigénio e retiram o dióxido de carbono. Os dispositivos ainda são ineficientes e precisam de muito sangue para funcionar. Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh mostraram que, se as fibras são cobertas por enzimas, o dispositivo pode ser muito mais eficiente, reduzindo a coagulação e inflamação. Pulmões artificiais, do tamanho de um CD, já são utilizados em situações de emergência.
Fonte: http://www.rondoniaovivo.com/exibenot0.php?id=35396
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