Pergunta sem resposta: Produtos hipoproteicos

9 de janeiro de 2008

As proteínas são nutrientes essenciais para o crescimento e reparação dos tecidos do corpo e desempenham um papel importante na luta contra as infecções. O resultado final da digestão das proteínas que ingerimos na nossa alimentação é um produto chamado ureia e substâncias ácidas. Quando os rins funcionam mal, são incapazes de as filtrar, conduzindo à sua acumulação no sangue. Assim, na doença renal é preciso limitar a ingestão de alimentos ricos em proteínas, garantindo que o organismo obtenha diariamente a quantidade de que precisa, e nas proporções adequadas, entre os tipos de proteínas existentes.

Fonte: Alimentação e IRC em Idade Pediátrica

É possível reduzir a ingestão de proteínas através de uma alteração na dieta, orientada pelo serviço de Dietética que deverá acompanhar estas crianças, mas existem também alternativas, que permitem substituir os alimentos "proibidos" ou menos aconselhados. São produtos dietéticos em forma de pão, base para pizza, massas, bolachas, leites, sobremesas, etc. (exemplo), que poderão ajudar às restrições, com menos sacrifício.

No entanto, não é fácil e nem sempre acessível financeiramente conseguir estes suplementos alimentares. O Instituto de Genética Médica, no Porto, tem como responsabilidade o fornecimento, a nível nacional, dos alimentos hipoproteicos indispensáveis à dieta dos doentes com fenilcetonúria ou outras doenças metabólicas hereditárias. O preço destes alimentos é comparticipado pelo Ministério de Saúde. Em Novembro contactámos este Instituto, no sentido de sabermos se os doentes de IRC também poderiam beneficiar do acesso a estes produtos e se, sim, se os mesmos seriam comparticipados. Infelizmente, até à data, não obtivemos qualquer resposta.

Aqui fica, de novo, a pergunta no ar:

Tomámos conhecimento que o Instituto de Genética Médica comercializa produtos dietéticos hipoproteicos, os quais poderiam ser úteis às crianças com insuficiência renal crónica, particularmente numa fase pré-diálise, em que é importante controlar o aporte proteico. Gostaríamos de saber se é possível às crianças insuficientes renais adquirirem também os produtos junto do IGM e, se sim, se os mesmos são comparticipados.

2 comentários:

Kel disse...

Tenho uma bebé com Intolerancia Multipla alimentar, coloquei uma questão no Instituto de genética e foi-me prontamente respondida por 2 médicos. Para que mail enviaram pergunta? Aqui ficam os contactos das pessoas que me esclareceram: rui.osorio@igm.min-saude.pt e manuela.almeida@igm.min-saude.pt

Marta Campos disse...

Olá Kel,

Conforme dissemos no post seguinte a este (http://blogcriancaerim.blogspot.com/2008/01/pergunta-j-com-resposta.html), depois de publicarmos a questão no blog, a Dra. Manuela Almeida respondeu-nos prontamente.

De qualquer forma, obrigada pelas sugestões e volte sempre!