Exames em Nefrologia: AngioTAC

21 de agosto de 2007

Iniciamos hoje uma nova "rubrica" no nosso blog, que consiste em fazer uma explicação de que tipo de exames se realizam em Nefrologia. Como eu ontem fui fazer um AngioTAC, como parte do meu processo de avaliação como potencial dadora de um rim ao meu filho, passo a explicar, na primeira pessoa, em que consiste o exame.

Primeiro, tive que estar em jejum de qualquer comida ou bebida durante 4 horas. Antes do exame despi-me da cintura para cima e vesti uma bata. Quando entrei na sala de exames, perguntaram-me se tinha algumas alergias ou asma.

Deitei-me na máquina e fui picada na veia, embora não tivessem injectado nada naquele momento, apenas fiquei com o acesso. A seringa com o contraste é ligada a um injector automático, que só é activado mais tarde. Depois deitei-me, com os braços para cima da cabeça, como na foto.


Depois deixaram-me sozinha. A marquesa onde estava deitada ia andando para a frente e para trás. De vez em quando diziam-me para suster a respiração, mas era rápido. A enfermeira tinha-me avisado que o contraste ia fazer uma sensação de calor, mas como eu não senti nada no princípio, pensei que afinal não seria nada de especial. Sensivelmente a meio do exame, ela avisou-me que agora é que ia começar a sentir calor. Então dispararam o injector automático e o contraste começou a correr. Desde a garganta até à bexiga senti, então, uma sensação de calor um bocadinho indescritível, especialmente no braço de onde vinha o contraste. É um bocado sufocante, até porque temos que estar imóveis, mas passa rápido. Quando comecei a achar que não ia aguentar mais, o calor passou. Depois disso, a marquesa ainda andou mais umas vezes para trás e para a frente e pouco depois o exame acabou. Entrou de novo a enfermeira, retirou-me a seringa e... fui comer! Sentia-me muito bem, não fiquei com nenhuns efeitos do exame.

Este AngioTAC é usado hoje em dia, em substituição da Angiografia (Angiograma?) e serve para visualizar pormenorizadamente os vasos sanguíneos que conectam os rins. A máquina gera uma imagem tridimensional dos rins e da anatomia que os rodeia.
Em geral, os cirurgiões preferem retirar o rim esquerdo, porque possui uma artéria renal mais comprida, mas podem existir complicações estruturais detectadas por este exame, que possam indicar na direcção do rim direito.

Mais informações sobre o AngioTAC aqui e aqui.

Mais informações sobre exames pré-transplante para o dador aqui.

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