Indústria farmacêutica quer embalagens sem preços
28 de outubro de 2010
A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) defende que se retire o preço das embalagens de medicamentos comparticipados pelo Estado. Na conferência de imprensa que deu terça-feira, o presidente da Apifarma, João Almeida Lopes, sublinhou que esta medida não afecta em nada a transparência do processo, continuando o paciente a poder aceder ao preço dos medicamentos, noticia o jornal Público.
João Almeida Lopes não compreende que se insista em afirmar que a retirada do preços das embalagens põe em causa o direito dos pacientes à informação. Segundo explicou, o doente pode saber, através do médico, da receita que lhe é passada ou do farmacêutico, quanto vai pagar pelo medicamento e se o que lhe foi prescrito é o mais barato. “O processo é perfeitamente transparente”, sublinha, acrescentando que “é possível ir à base de dados da Infarmed para verificar o preço de venda ao público e quanto é que se paga, se se pertencer a determinado escalão”.
A medida vem solucionar problemas. “Cada vez que há uma alteração de preços, e, infelizmente, actualmente tem havido bastantes em prazos curtos, têm de se pôr etiquetas em embalagens de medicamentos” guardadas em paletes nos armazéns.
“Isto é um trabalho de loucos, que não se justifica, se a transparência estiver garantida”. Almeida Lopes frisa ainda que “o que estava escrito na caixa era uma coisa que o doente nunca pagava”, um valor “virtual”. Tendo em conta que os medicamentos em causa são comparticipados, os utentes pagam valores diferentes, consoante o seu escalão.
As embalagens que ainda têm o preço e que já estavam no mercado antes da entrada em vigor da medida serão, segundo Almeida Lopes, “escoadas durante um mês”, e “vai levar algum tempo até os canais estarem limpos”.
Fonte: http://www.rcmpharma.com/news/10391/51/Industria-farmaceutica-quer-embalagens-sem-precos.html
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