Vai ser possível fazer colheita após morte súbita no País

17 de março de 2010

A Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST) "quer iniciar a colheita de órgãos em coração parado", disse ao DN Maria João Aguiar, uma modalidade de colheita que irá permitir "alcançar os valores de Espanha, que já o faz em vários centros". Assim, as vítimas de enfarte, entre os quais os de morte súbita, poderão ajudar quem necessita de transplante.

Actualmente, há dois centros em Madrid, um em Barcelona e outro na Corunha a colher órgãos. Só em Portugal, estima-se que haja duas mil vítimas anuais por morte súbita. A colheita, em muitos destes casos, só é possível com uma boa articulação dos serviços e permitirá aumentar o número de órgãos para transplante.

Maria João Aguiar diz que "a Ordem dos Médicos já está a trabalhar há um ano num suporte legal, necessário para que o programa avance" . O programa é ainda mais exigente e necessita de ainda maior celeridade na resposta das equipas para que se concretize.

"Esperamos avançar ainda este ano com este programa, que irá permitir conseguir mais órgãos de dadores . Queremos que isso seja possível no caso dos enfartes ou das mortes súbitas. Agora não queremos que o passo seguinte seja cobrir esse cadáver com um lençol, já que os seus órgãos são importantes para outras pessoas ", refere a médica.

Para isso, é preciso "fazer protocolos de actuação exigentes, com mais equipas e mais rápidas". Um dos principais intervenientes será o próprio INEM, que terá de transportar um eventual dador rapidamente para um hospital próximo, utilizando uma máquina de massagem cardíaca.

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1508421

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