Quase metade dos transplantes de rim derivam numa nefropatia crónica no 1º ano pós-transplante

14 de janeiro de 2010

Entre 35% e 50% dos pacientes que recebem um rim transplantado apresentam nefropatia crónica um ano após o transplante, segundo dados do grupo espanhol para o estudo da nefropatia crónica do enxerto.

A referida doença pode aparecer em função da resposta imune, das características do dador, da nefrotoxicidade, dos factores de risco cardiovascular e do tipo de tratamento imunossupressor utilizado, entre outros factores, e tem como consequência a perda lenta e progressiva da função renal do novo órgão.
Por isso, explicou o especialista do Serviço de Nefrologia do Hospital Bellvitge de Barcelona e coordenador deste grupo, Daniel Serón, a prevalência dos distintos factores associados à perda do enxerto por nefropatia crónica foram-se modificando de forma muito importante entre 1990 e 2002, já que "a idade do dador tem aumentado de forma progressiva".

Não obstante, apesar desta modificação nas características do dador, a sua sobrevivência não piorou, em parte porque "tem-se podido diminuir a prevalência dos outros factores de risco". De facto, a prevalência de rejeição diminuiu de 40 para 15% "graças à introdução de novos imunossupressores", assinala o Dr. Serón.

Precisamente, sobre o papel dos novos imunosupressores, um estudo recente realizado por este grupo mostrou que nos pacientes transplantados sem tratamento com anticalcinúricos (ciclosporina ou tacrolimus) o tempo de progressão até à fase de doença renal crónica era maior.

Segundo o Dr. Roberto Marcén, do Serviço de Nefrologia do Hospital Ramón y Cajal de Madrid, a "progressão da perda de função renal é maior em estadios de melhor função renal e em doentes com diabetes ou naqueles tratados com ciclosporina, enquanto que a progressão é mais lenta naqueles doentes que não tomavam anticalcineuricos, ou seja ciclosporina ou tacrolimus".

Fonte: http://www.adn.es/lavida/20090529/NWS-1465-trasplantes-nefropatia-operacion-expertos-cronica.html

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