Hospital Vall d'Hebron de Barcelona avança no diagnóstico da FSGS

5 de novembro de 2009

Investigadores do Hospital Universitário Vall d'Hebron em Barcelona realizaram avanços no diagnóstico da doença renal infantil denominada Glomeruloesclerose Focal e Segmentar (FSGS), que pode contribuir para a descoberta da origem não genética da doença, segundo um estudo publicado na revista "American Journal of Kidney Disease".

A FSGS é uma doença renal para a qual não existe um tratamento eficaz e que muitas vezes exige um transplante. Em crianças, esta doença tem duas causas reconhecidas: um defeito genético renal e outra que não tem origem no rim - situação em que a doença reaparece frequentemente inclusivé depois do transplante.

Segundo informou o hospital em comunicado, as investigações realizadas podem servir como marcador para diferenciar entre ambos os casos de doença sem ter de recorrer às análises genéticas. A investigação inclusivé pode conduzir ao descobrimento da origem da doença.

A doença produz uma elevada perda de proteínas na urina - síndrome nefrótico - e um dos aspectos mais graves é que uma grande percentagem de casos reparece depois de um transplante, inclusivé poucas horas depois da cirurgia. Com isso, começa um novo ciclo de deterioração da função renal até que é necessário um novo transplante.

Na FSGS de origem genética, o paciente sofre uma alteração de proteínas das células encarregadas de filtrar o sangue dos rins, o que determina a perda de grande quantidade de proteínas sanguíneas pela urina. Neste caso é suficiente o transplante.

Contudo, quando a doença não tem origem no rim não basta retirar o órgão danificado. Os investigadores observaram que se mudarem as proteínas no sangue dos pacientes, a perda destas na urina reduz-me durante algum tempo.

Isto aponta para a existência de um factor sanguíneo, provavelmente uma proteína, que seria a causadora da doença. "É a primeira vez que se identifica um mecanismo diferencial entre o FSGS genético e o que não o é, pelo que a descoberta representa uma esperança e abre novas vias de investigação", explicou o chefe do serviço de nefrologia pediátrica, José Neto.

Fonte: http://www.adn.es/sociedad/20091027/NWS-0638-Barcelona-Vall-diagnostico-enfermedad-infantil.html

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