Transplante acaba com hemodiálise e insulina

10 de setembro de 2009

Evitar o pesadelo da hemodiálise e das tomas diárias de insulina, que provocam grande desgaste físico e psicológico aos doentes, é o objectivo do transplante reno-pancreático. O Hospital de Santo António, no Porto, especializou-se nos últimos 10 anos nesta técnica, sendo o único centro nacional a realizá-la de forma regular.

Os resultados obtidos pelo hospital portuense colocam-no ao nível dos melhores centros internacionais. Recentemente foi feito o centésimo primeiro transplante de rim e pâncreas.
'Ao fim de um ano de transplantação, temos 96% de doentes vivos. Com o rim a funcionar são 95%, e pâncreas, 81%', revelou ao CM Rui Almeida, director da Comissão Executiva do Conselho de Transplantação.

Esta intervenção começou por se destinar exclusivamente a jovens até aos 35 anos que fossem insuficientes renais e diabéticos. 'Neste momento alargámos a idade para os 45 anos. Fizemo-lo porque há doentes com essa idade que não têm efeitos colaterais', avançou Rui Almeida. Assim, os resultados tornam-se mais gratificantes, com reais conquistas na qualidade de vida do doente. Há também critérios de carácter anatómico. O paciente deve possuir boas veias e artérias para fazer um implante. Há um local ideal para colocar o pâncreas e o rim e se nenhum desses sítios for viável não haverá indicação para a cirurgia, uma vez que as complicações podem ser maiores.
Há neste momento 40 doentes inscritos em lista de espera. 'Se fizermos vinte transplantes por ano, a nossa próxima meta, podemos dizer que em dois anos acabamos com a lista', sintetiza o responsável.

Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=E2C4E11A-EE41-4E76-94BC-8209AE11E22C&channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF

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