Peritos em transplantes reuniram-se em Oviedo para debater as causas de rejeição de órgãos transplantados

26 de setembro de 2008

O Hospital Universitário Central das Astúrias de Oviedo acolheu no dia 23 deste mês uma reunião de peritos organizada pela Rede de Investigação Renal (REDinREN) do Instituto de Saúde Carlos III para debater sobre as causas que provocam a rejeição dos órgãos transplantados em alguns pacientes e o desenvolvimento de novos biomarcadores.

Entre 10% a 15% dos órgãos transplantados rejeitam-se de maneira aguda, mas uma grande maioria dos enxertos acabariam sendo rejeitados a médio e longo prazo, daí a necessidade de avaliar possíveis tratamentos que induzam o corpo humano a ter uma maior tolerância com o novo órgão transplantado.

Actualmente, os órgãos transplantados procedentes de cadáver duram em termos médios cerca de 10 anos, número que alcança os 15-20 anos se o órgão procede de um dador vivo, dada a dificuldade de reduzir o máximo possível a medicação imunosupressora que recebe o paciente, o mesmo é dizer, a quantidade de fármacos que se lhes dá para que o seu organismo não rejeite o órgão.

Segundo assinalaram os organizadores deste encontro em comunicado, também há que reduzir os efeitos negativos que tem a referida medicação, pelo que os biomarcadores ajudam a conhecer o estado de degradação do órgão transplantado e consequentemente servirão para tomar medidas que melhoram tanto a duração do órgão como a qualidade de vida do paciente.

Entre os que se estão a investigar com êxito na actualidade, estes peritos destacaram o seguimento do aparecimento de anticorpos anti HLA ou não antiHLA anteriores ao enxerto ou na evolução do transplante (MICA e MICB), que consiste em detectar no sangue anticorpos preexistentes e/ou que não estavam antes de se realizar o transplante e que podem ter efeitos mortíferos sobre o enxerto.

Contudo, não existem biomarcadores sensíveis e que rapidamente advirtam os médicos de que o dano está a começar, que a medicação imunosupressora é pouca, ou pelo contrário, de que é excessiva. "Apesar de tudo, muito está ainda por fazer para conseguir resultados verdadeiramente satisfatórios, particularmente aos 10 anos pós-trasplante", asseguraram.


Fonte:
http://ecodiario.eleconomista.es/salud/noticias/763100/09/08/Expertos-en-trasplantes-se-reuniran-en-Oviedo-para-debatir-las-causas-del-rechazo-de-organos-trasplantados.html

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