Dez europeus morrem por dia à espera de um transplante

11 de setembro de 2008

Apesar de na Europa os transplantes continuarem a aumentar, onde a Espanha é líder no número de intervenções, cerca de 10 europeus morrem por dia à espera de receber um órgão, número que aumenta se tivermos em conta que nem todos os doentes que poderiam beneficiar deste tratamento estão em lista de espera, tendo em conta a escassez de órgãos existente.

O Registo Mundial de Transplantes, gerido pela Organização Nacional de Transplantes (de Espanha) e a Organização Mundial de Saúde, informaram que, segundo os últimos dados, realizaram-se em todo o mundo 96 820 transplantes.

A Espanha, que continua a ser o primeiro país em número de transplantes, alcançou em 2007 um recorde histórico no número de dadores, ao alcançar um total de 1 550, o que supõe uma média de 34,3 dadores por milhão de habitantes.

Deste modo, puderam realizar-se 3 829 transplantes, dos quais 2 210 foram de rim, 1 112 de fígado e 185 de pulmão, alcançando números históricos. A estes, juntam-se 241 transplantes cardíacos, 76 de pâncreas e 5 de intestino.

Apesar dos bons resultados, a ONT estipulou como objectivo alcançar nos próximos anos os 4o dadores por milhão de habitantes. Para o conseguir, realizará diversas campanhas para fomentar a doação cruzada, de dador vivo e com coração parado.

Relativamente aos níveis do resto da Europa, o continente tem apresentado um crescimento do número total de transplantes, com 28 090 intervenções, o que traduz uma melhoria na gestão dos recursos e aumento da doação em vida.

Contudo, o continente registou pelo segundo ano consecutivo uma ligeira descida da taxa de doação de órgãos, que se situa em 16,8 por milhão de habitantes, comparativamente aos 17,8 de 2006 e os 18,8 de 2005. Além disso, desceu o número total de dadores relativamente ao mesmo período do ano passado, situando-se em 8 293, menos 406.

À diminuição do número de doações juntou-se o aumento da população da UE e a incorporação de alguns países como a Bulgária ou a Roménia, onde esta é uma prática incipiente.

Fonte: http://www.prnoticias.es/content/view/10018947/227/

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