Programa Nacional de Doação Renal Cruzada

6 de setembro de 2010

Foi publicada em Diário da República (DR), no passado dia 23 de Agosto, a Portaria n.º 802/2010, do Ministério da Saúde, que cria o Programa Nacional de Doação Renal Cruzada (PNDRC) para inscrição de pares dador-receptor de rim e respectiva alocação cruzada.

Em transplantação renal as incompatibilidades de grupo sanguíneo ou de sistema HLA são as principais limitações à dádiva em vida verificadas em alguns pares dador-receptor. A doação renal cruzada constitui uma alternativa que permite ultrapassar esta limitação, oferecendo aos doentes com insuficiência renal crónica a possibilidade de transplante mediante troca de rins entre dois ou mais pares dador-receptor.

Assim, cada um dos receptores recebe um rim adequado e os dadores realizam o seu desejo de doação, melhorando-se a resposta às necessidades dos doentes candidatos a transplante renal.

A doação renal cruzada com dador vivo consiste num processo de alocação que permite a transplantação de órgãos compatíveis através do intercâmbio de rins de dois ou mais pares dador-receptor.

A inscrição de um par dador-receptor no PNDRC só pode ser efectuada pelos centros de transplante renal que tenham sido autorizados pela Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação e desenvolvam uma actividade de transplantação de dador vivo de rim há pelo menos dois anos.

Fonte: http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/noticias/renal+cruzada.htm

Saiba mais: http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/16F4A114-045E-4AEC-9AE6-038E7D8E5025/0/0367903680.pdf


1º transplante cruzado avança com 12 'casais'

De dez a doze pares de pessoas vão participar em breve no primeiro transplante cruzado de rins, que pode envolver até seis hospitais do SNS. O programa de doação cruzada irá permitir a troca de órgãos entre pares que eram incompatíveis, encurtando as ainda longas listas de espera por um rim.

O primeiro cruzamento "deve ocorrer em Dezembro ou Janeiro", calcula Maria João Aguiar, coordenadora nacional das unidades de colheita da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST).

De acordo com a portaria e com a circular normativa ontem publicadas, só podem entrar na rede os hospitais que tenham uma experiência de dois anos na transplantação de rim com dador vivo, neste caso, os Hospitais de São João, Santo António, Hospitais da Universidade de Coimbra, Santa Maria, Curry Cabral e Santa Cruz.

Mas, ao contrário do que acontece noutros países, como em Espanha, o processo aqui será mais benéfico para o dador de órgãos. "Aqui são os órgãos que viajam e não os dadores", explica Maria João Aguiar. "O objectivo é não desenraizar as pessoas, para que tenham o acompanhamento da família ou de amigos. Ao mesmo tempo, queremos garantir que haja anonimato e que dadores e receptores não se conheçam."

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1647088

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