Doação de Órgãos: Mitos e Realidades

14 de maio de 2009

Mito: Quando se está em lista de espera para um transplante, o estatuto financeiro ou social é tão importante como o estado de saúde.
Realidade: Quando se está em lista de espera, os pacientes recebem níveis de prioridade consoante o seu grau de doença, tempo em lista de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importantes.

Mito: Tenho 60 anos. Sou demasiado velho para ser dador.
Realidade: Pessoas de todas as idades e com todo o tipo de historial médico devem-se considerar potenciais dadores. A sua condição médica no momento da morte irá determinar quais órgãos e tecidos podem ser doados.

Mito: A minha família irá receber uma conta do hospital se eu doar os meus órgãos.
Realidade: Não existe nenhum custo para a família do dador associado à doação de órgãos e tecidos.

Mito: Não poderei ter o caixão aberto no meu funeral se os meus órgãos forem doados.
Realidade: Os órgãos doados são removidos cirurgicamente numa operação semelhante a uma remoção do apêndice ou da vesícula. A doação não desfigura o corpo ou altera a sua aparência.

Mito: Se eu tiver um acidente e o hospital precisar dos meus órgãos, os médicos da urgência não vão tentar salvar a minha vida.
Realidade: Se estiver doente ou traumatizado e for internado num hospital, a primeira prioridade consiste em salvar a sua vida. A recolha de órgãos e tecidos só acontece depois de se terem esgotados todos os esforços para salvar a sua vida e a morte for legalmente declarada. A equipa médica que trata do doente é completamente diferente da equipa de transplante. O organismo nacional de alocação de órgãos (Lusotransplante em Portugal) só notifica a equipa de transplante depois da família autorizar a doação.

Mito: Só o coração, o fígado e os rins é que podem ser transplantados.
Realidade: Os órgãos "sólidos" que podem ser doados incluem o coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e intestinos, assim como medula. Os tecidos que podem ser doados incluem os olhos, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões.

Mito: Tenho uma história de doenças. Não vão querer os meus órgãos ou tecidos.
Realidade: Depois da morte, os profissionais médicos especializados revêem a história médica e social e determinam se a pessoa pode ser dadora ou não. Com os últimos desenvolvimentos na área da transplantação, muito mais pessoas podem ser dadoras.

Mito: Só quero doar alguns dos meus órgãos, mas não quero doar tudo.
Realidade: Em Portugal, os inscritos no RENNDA (Registo Nacional de Não Dadores) podem optar pela não-doação total ou parcial, caso em que especificam qual ou quais dos órgãos não querem doar.

Adaptado de: http://www.cincinnatitransplant.org/patient_common_myths.htm

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