Número de dadores de órgãos aumentou em 2008 contrariando tendência europeia

27 de janeiro de 2009

Portugal registou um aumento do número de dadores cadáver de órgãos para transplantes, em especial na zona Centro, contrariando a tendência europeia de decréscimo, divulgou o Ministério da Saúde.


Em conferência de imprensa, a Coordenadora Nacional das Unidades de Colheita de Órgãos Tecidos e Células referiu que houve em 2008 um aumento significativo do número de dadores cadáver detectados nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, de que resultaram 283 colheitas de órgãos, um aumento de 12,5 por cento em relação a 2007.


Portugal passou assim de uma taxa de 23,9 para 26,7 dadores cadáver por milhão de habitantes, dados que, segundo Maria João Aguiar, fará o país subir ainda mais no global da Europa, onde ocupa o quarto lugar.


O objectivo do próximo ano, adiantou, será ultrapassar a barreira dos 30 dadores por milhão de habitantes. "Tivemos uma subida. Ao contrário de toda a Europa, que está em queda em relação à doação. A Península Ibérica está a funcionar bem e aumentámos o número de dadores em Portugal para 283", frisou.


Portugal tem uma rede de colheita que funciona com base em gabinetes em cinco grandes hospitais. O grande crescimento foi registado na zona Centro, logo seguido da zona Norte. Já na região Sul, a a colheita sofreu um decréscimo. No Norte há 25,2 dadores por milhão de habitantes enquanto no Centro (onde todos os hospitais são activos na colheita de orgãos) a taxa é de 36,2, valor que, segundo Maria João Aguiar, é superior aos melhores do mundo, que são os espanhóis. No Sul, existem 23,5 dadores por milhão de habitantes. Relativamente ao Sul do País, apesar de haver novos dadores e de um aumento da doação no hospital de S. José (Lisboa), houve uma diminuição nos hospitais periféricos, explicou a responsável.


"Temos o diagnóstico feito, temos de trabalhar estes hospitais e os seus profissionais para que todos sejam activos, porque os receptores da zona Sul estão a ser menos transplantados do que os da zona Centro, por exemplo", frisou.



Fonte: http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=383904&visual=26&tema=1


Agradecimento: à Susana Carinhas, por nos ter chamado a atenção para a notícia!

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