Imunologistas desenvolveram um método para diminuir a rejeição no pós transplante renal

25 de março de 2008

Um nefrologista descobriu que uma terapia anti-rejeição específica, usando imunoglobulinas de forma intravenosa, pode tornar o transplante possível para pacientes com elevados anticorpos "anti-dador" (hipersensibilizados).

25 a 30% dos pacientes em lista de transplante renal poderiam beneficiar desta terapia. A compatibilidade de tecidos aplica-se a qualquer tipo de transplante de órgãos, mas o risco aumenta significativamente para aqueles com elevada exposição a antigénios recebidos quer por transfusões, quer por transplantes anteriores, ou mesmo pela gravidez.

70.000 Americanos esperam por um transplante de rim. Um terço deles faz diálise porque os seus níveis de anticorpos são demasiado elevados para um transplante. Mas, isso não seria mais um obstáculo para algumas pessoas.

"Eu costumava sentar-me e vomitar" diz uma antiga paciente de diálise Soraya Kohanzadeh.
A diálise é algo que Kohanzadeh preferiria esquecer, mas se ao contar a sua história isso permitir salvar vidas, então vale a pena contá-la.

Kohanzadeh - Tal como muitos pacientes com insuficiência renal - desenvolveu elevados níveis de anticorpos através de transfusões de sangue. O seu sistema imunológico altamente sensibilizado iria muito provavelmente rejeitar qualquer rim.
"Essencialmente, ela teria em diálise uma vida curta e doente, refere a mãe de Kohanzadeh's Joan Lando.

Mas Kohanzadeh não terá de passar mais por isso, graças à terapia com imunoglobulinas intravenosa ou IVIG. O processo funciona da seguinte forma: durante a diálise, é dado sangue aos pacientes contendo uma mistura de imunoglobulinas, que "desligam" a resposta de ataque dos anticorpos "anti-dador", sem suprimir o sistema imunitário do paciente.

Quando alguém se oferece para doar um órgão, existe por norma alguma incompatibilidade. O que estes investigadores dizem, é que podem tratar o paciente e remover estes anticorpos. Depois o transplante já pode ser efectuado.", diz Stanley Jordan, M.D, director de nefrologia no Cedars-Sinai Medical Center em Los Angeles.

Mais de um ano depois da cirurgia, o rim de Lando mantém a filha viva.
"Era chocante para mim pensar que estaria doente para sempre", diz Kohanzadeh.

Através do seu website, esta equipa mãe-filha trabalha no sentido de divulgar uma terapia pouco conhecida e que pode salvar muitos à espera de um rim. Estima-se que cerca de 30% dos pacientes em lista de espera por um transplante renal podem beneficiar desta terapia.

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Ver vídeo (em inglês).

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