Dúvidas sobre a Vacina da Gripe

17 de outubro de 2007

No nosso Fórum surgiu a dúvida se os transplantados deveriam receber, ou não, a vacina da gripe. Sem querer, de forma alguma, substituir os conselhos que cada médico dá ao seu doente em particular, decidimos também fazer a nossa investigação.

  1. A Organização Mundial de Saúde defende que a vacina deverá ser administrada a indivíduos (adultos e crianças com mais de 6 meses), com doenças crónicas cardiovasculares, pulmonares, metabólicas, renais, ou que estejam imunocomprometidos.
  2. Segundo o Infarmed, a vacina contra a gripe destina-se a prevenir a gripe nos indivíduos de risco, nomeadamente a população com idade superior a 65 anos ou com patologias crónicas subjacentes (imunodeprimidos e doentes com afecções crónicas pulmonares e cardíacas).

  3. O folheto informativo da Influvac, uma das vacinas para a gripe mais vendidas em Portugal diz o seguinte: Se estiver a fazer um tratamento imunossupressor a resposta imunológica ao Influvac pode estar diminuída.
  4. O folheto informativo da Istivac, outra vacina também vendida no nosso país, diz também: antes da vacinação deverá informar o seu médico se tem, ou se o seu filho tem, uma fraca resposta imunológica (imunosupressão). O seu médico irá decidir se deve, ou se o seu filho deve, receber a vacina. A resposta imunológica pode ser diminuída em caso de tratamento com imunossupressores.
  5. A Ordem dos Farmacêuticos adverte: Na maioria dos casos a doença é autolimitada; contudo, a gripe pode acarretar uma elevada incidência de morbilidade e mortalidade em populações como crianças muito novas, indivíduos com mais de 65 anos, grávidas, indivíduos com patologias crónicas do sistema respiratório, cardiovascular, endócrino ou imunitário, com doença crónica renal ou hepática, doença neoplásica, doentes transplantados ou com doença crónica do tecido conjuntivo. As complicações são principalmente de natureza respiratória – pneumonia viral primária ou bacteriana secundária e os doentes crónicos podem sofrer um agravamento da sua patologia.
  6. Existe uma vacina inalável, a FluMist®, embora não esteja comercializada em Portugal, a qual não deve ser utilizada em indivíduos imunocomprometidos, pois contém o vírus da gripe vivo, ainda que numa forma atenuada.
Conclusão: Na generalidade dos casos, apesar de a resposta do sistema imunitário de uma pessoa imunocomprometida à vacina da gripe poder estar diminuída, não existe razão para não se administrar a vacina, tanto mais que os efeitos da gripe poderão ser mais graves numa pessoa nesta situação. Todas as vacinas existentes em Portugal e autorizadas pelo Infarmed contêm o vírus inactivado, o qual não constitui risco acrescido para indivíduos imunocomprometidos.

Consulte também: Guidelines for Vaccination of Solid Organ Transplant Candidates and Recipients (American Society of Transplantation)


Note que este Blog não pretende dar conselhos médicos. Por favor consulte o seu médico, sempre que achar que precisa ou alguém que conhece precisa de tratamento. A informação contida neste blog nunca pode substituir o conselho do seu médico.

1 comentários:

Anónimo disse...

muito bom td q esta ai.....
sou farmaceutica...
unochapecó.....
e td q esta ai é muito enportante...
tchau......
adoro farmacia.....
xauuuuuu.....